Entre o caos e a ordem,
no meio caminho entre o sol e a lua,
nem sempre vestida nem nunca nua,
entre o nascimento e o ocaso.
Entre o caos e a ordem,
num oceano de lírios e violetas;
selvagens. Silvestres.
Discretas e agrestes.
Entre o caos e a ordem,
coração pleno e coração vazio,
agora fervente, já, já tão frio.
Num tempo mestre, no outro aprendiz.
Entre o caos e a ordem,
ora pairando em voo largo,
ora chorando em solo amargo;
ora livre em cais de esperança,
ora peado em penedia esquecida.
Entre o caos e a ordem,
entre o principio e o fim,
entre o não redondo e o perfeito sim.
Meio caminho entre o “quero” e o “não quero”,
entre o sei e o nem tanto assim.
Entre o caos e a ordem,
entre a candeia e a negritude,
meio termo entre o sonho e a plenitude,
vogando num rumo sem rumo,
penando num mundo sem mundo.
Entre o caos e a ordem,
uma bolha de sabão vogando sem norte,
vogando sem destino nem sorte.
lágrimas de lua
1 comentário:
Somos muitas vezes de extremos...
Mas será que o meio termo é o melhor para nós?
Um excelente poema, gostei imenso.
Continuação de boa semana, querida amiga.
Beijo.
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