Como corola tombada,
qual rosa abandonada
ao sabor do vento norte,
desprendida da sorte,
desprovida de água,
seca na imensa mágoa
do tempo que já passou.
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Como corola morta,
por essas mãos desfolhada,
como pesada e dura porta
fechada, fria, aferrolhada.
Pétalas de terna candura
desperdiçadas na agrura
de um coração destroçado,
ferido de morte e trespassado
pelo mais duro gume,
o mais tenebroso negrume;
Esta noite sem ter fim
colada somente a mim.
2 comentários:
Lindo de ler, belo de sentir. Como sempre as tuas palavras tocam bem fundo.
Deixo o meu Beijo
Querida amiga:
Maravilhosa construção
de versos e palavras!
Lindo versejar...
Um abraço carinhoso.*Juli*
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