domingo, julho 15, 2007

ESCURO MANTO



Nas dobras do manto estrelado
deposito apenas um beijo,
terno, meigo, doce, apaixonado,
o imenso e dorido desejo
de um amor amordaçado.
Quantas luas, quantos sois,
quantas marés são precisas?
quantas quimeras constrois
fugazes e imprecisas?
Quanto tempo acrisolado,
mordendo duro o coração,
batendo silencioso e calado
em dolorosa prisão.
Nas dobras do escuro manto
desta noite feita gume afiado,
trespassando todo o pranto
deste grito surdo e calado,
ainda bate em ritmo lento
um coração magoado.





1 comentário:

Phantom of the Opera disse...

Perco-me sempre na beleza das tuas palavras.
Permiti o que pediste, consegui sentir a luz que me aqueceu a alma.

Deixa-me curar a tua mágoa com a minha luz.

Beijo Nocturno

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...