Cada minuto dura uma eternidade quando não há o que fazer.
Cada minuto demora um século ou um nano-segundo a percorrer
este caminho entre mim e o infinito.
Cada minuto arrasta-se sem dó nem piedade pela vida.
Cada minuto passa por mim a uma velocidade estúpida
de tão lenta! Com a dureza áspera do granito.
Cada minuto é um sopro de vento. Um milénio.
Cada minuto sabe a perda num ir e vir homogéneo
e é gélido sopro perpassando a doer.
Cada minuto é mais um passo neste meu caminho,
só mais uma prece que se entoa baixo de mansinho.
Cada minuto é só mais um minuto a morrer.
Cada minuto é uma tempestade sem igual que arrasa
tudo por onde passa sem se ater. É fogo que abrasa
é mágoa sofrida. É dor arrancada do peito a esmorecer.
1 comentário:
Cada minuto pode ser tudo isto... E pode não ser nada! Depende de como se encontra o estado de espírito no momento. Mas a ser tudo isto, fizeste uma bela construção literária.
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