quinta-feira, setembro 20, 2007

BASTA


Basta de ser lixo, de ser resto, de não ser.
Basta de olhar em volta e nada ter!
Basta de me curvar, de tudo mudar e de ceder
aos caprichos, humores, e ao tempo que houver.
Chega de esperar porque não pode vir,
não quer, não sabe ou simplesmente desistiu.
Chega de ficar na vida a resistir
e nada mais ter que algo que já partiu.
Basta de ser uma coisa que se manobra,
que se estende agora e logo se dobra
para não aparecer, para não existir,
para estar arrumada mas pronta a servir,
mal surja a hora, o minuto, o dia.
Basta de ser trapo que se amarrota a um canto,
de ser a roupa no final de um dia
onde o suor impera a par com o desencanto!
Basta de ser lixo, ser resto, ou de não Ser!


2 comentários:

Obscuridade Translúcida disse...

Poema muito, muito forte...

Adorei a garra da escrita, parabéns

Juℓi Ribeiro disse...

Querida amiga:

Adorei os teus versos!
Concordo plenamente com o que escrevestes.
Existem momentos em nossas vidas
que temos que "dar um basta..."

Como escreveu Vladimir Maiakovski:

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor"

Não sabes a alegria que sinto
quando recebo tua visita.
És sempre tão doce e gentil.
Um ser humano que revela sua generosidade em cada palavra
que escreve...
Obrigada pelo carinho.
Um abraço carinhoso.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...