Afinal que tenho eu de meu?
As estradas livres para passear, as praias abertas para molhar os pés em finais de tarde, as veredas da serra silenciosas e plenas de vida, para ouvir os meus passos lentos e cansados.
Olhos que ainda sabem ver as estrelas, o sorriso das crianças, o requebro das ondas nas rochas, o ondular das searas e das verdes copas. Ouvidos, para escutar o vento a passar rude nas cercanias dobrando os troncos velhos mas resistentes, para escutar o arrulhar meigo das rolas em namoro simples e sem trapaças ou mentiras, para escutar o silêncio imenso que me fala e me preenche.
Um coração magoado mas que teima em bater e fazer o sangue girar, e esse “outro coração” que secou mas que ainda teima em vibrar a cada beijo da aragem, a cada sussurro do mar, a cada toque das gotas de chuva, a cada pensamento terno que a alma envia.
As estradas livres para passear, as praias abertas para molhar os pés em finais de tarde, as veredas da serra silenciosas e plenas de vida, para ouvir os meus passos lentos e cansados.
Olhos que ainda sabem ver as estrelas, o sorriso das crianças, o requebro das ondas nas rochas, o ondular das searas e das verdes copas. Ouvidos, para escutar o vento a passar rude nas cercanias dobrando os troncos velhos mas resistentes, para escutar o arrulhar meigo das rolas em namoro simples e sem trapaças ou mentiras, para escutar o silêncio imenso que me fala e me preenche.
Um coração magoado mas que teima em bater e fazer o sangue girar, e esse “outro coração” que secou mas que ainda teima em vibrar a cada beijo da aragem, a cada sussurro do mar, a cada toque das gotas de chuva, a cada pensamento terno que a alma envia.
As lágrimas que escorrem sem travão pelos olhos enevoados e sem cor, mas que ainda se voltam para o sol para que as duras lágrimas sequem e abandonem o seu posto de vigia.
E tenho esta alma idiota e sem tino que se prende a cada pétala de flor, a cada raio de luz, a cada olhar que passa, a cada dia que nasce, a cada noite que desce e a cada madrugada que se anuncia.
Afinal que tenho eu de meu?
E tenho esta alma idiota e sem tino que se prende a cada pétala de flor, a cada raio de luz, a cada olhar que passa, a cada dia que nasce, a cada noite que desce e a cada madrugada que se anuncia.
Afinal que tenho eu de meu?
Tudo e Nada, porque nada me pertence, de meu não tenho nada.
3 comentários:
De teu tens tudo minha amiga. Tens o dom de saber apreciar todas essas coisas que enumeraste. Quantas pessoas tem ao seu alcance essas mesmas coisas e não sabem
vivê-las nem usufruir delas. Ah e tens amigos entre os quais me conto eu. Um beijo
Não lembra a ninguém aquele Domingo isto vindo de gente que conhece...
Mas... enfim...
Belo texto, além do mais és linda...
Amiga
Beijo doce
Tens os teus olhos e o teu sorriso.
Beijo-te suavemente para melhor adormeceres
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