O vento do deserto abrasa,
passa assolando as nossas vidas,
e a chuva da ausência arrasa
as defesas mais encarnecidas.
Voltam os desejos loucos
nas fraquezas consentidas,
voltam os apelos roucos
e as lutas mais renhidas.
E o eterno e duro vento
sopra e devasta à passagem,
deixa o seu dorido lamento,
imprimindo escuridão na paisagem.
O vento do deserto voltou
uivando, rasgando-nos em estilhas,
e nos nossos corações ficou
a ansia de nova partilhas.
1 comentário:
Quando sopra, o vento do deserto arrasa de facto e instala o deseto à sua passagem. Destrói tudo o que havia construido. Só não pode é impedir que limpos os escombros da sua destruição se possam fazer novas construções. Um beijinho minha amiga.
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