A cada curva da estrada um desencontro
um passo a mais sem rumo ou fim,
na beira rio onde repouso e me encontro,
há um outro eu que se eleva de mim.
Nas mansas águas dolorosas penas,
correndo magoadas para o mar,
como folhas mortas flutuando serenas
quais barcas vetustas sem mais navegar.
A cada curva da minha estrada
uma pedra, um escolho um desafio,
um mundo que me negou a entrada
num grito surdo em desvario.
E as mansas e dolentes águas
lavam a alma, choram comigo,
arrastam consigo todas as mágoas
tornam-se trilho que cega sigo.
Águas serenas de beleza impar
ondulando mansas sempre para o mar,
levem minhas penas e o meu olhar,
perdido sem rumo, sem saber andar.
1 comentário:
As lágrimas perdidas vão sem rumo e sem destino.
A tua poesia toca e envolve, sempre...
Beijo da madrugada
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