sábado, agosto 25, 2007

CHUVA DE VERÃO

Gotas de chuva cálida

caem como lágrimas de verão,

Na aurora ainda pálida

adivinha-se o perdão.


Perdão por um amor inconfesso,

perdão por uma espera magoada,

perdão por um beijo que professo,

que desejo em agonia prolongada.

Gotas de orvalho odoroso

perdido na ténue nebelina,

sol que força teimoso

a espessa bruma matutina.


Perdão pelo amor calado,

amordaçado em meu peito,

perdão pelo doce pecado

dos corpos unidos no leito.


Gotas de cálida paixão,

febre de entrega e partilha,

olhar perdido na imensidão

da ausencia que magoa e fervilha.


Perdão pela boca calada

pelo beijo por trocar,

perdão pela palavra encerrada

no coração por se dar.


Gotas de chuva cálida

como tormenta de verão,

descendo pela face pálida

anunciando a paixão.


2 comentários:

Phantom of the Opera disse...

Mais um excelente poema para encantar o nosso olhar. Escreves divinamente cara amiga.

Abre o coração e deixa-o viver não o guardes... dá-lhe vida e alimento para ele crescer sem parar.

Beijo profundo

João Filipe Ferreira disse...

eu e pedro lopes do site www.luso-poemas.net estamos a pensar fazer uma antologia 100 autores, 100 poemas pela ecopy. Neste projecto cada autor participa com 1 texto. O unico custo que terá é comprar 1 livro, ou seja terá o preço de 12 euros. é um livro que pode estar em qlq loja que qualquer autor arranje para além das muitas lojas onde está presente, pensei em a convidar, se quiser será um prazer:)
resp tb para pedro_lopes777@hotmail.com

***

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...